Sambaquis

Os adeptos do turismo arqueológico são atraídos a Saquarema pelos Sambaquis de Manitiba, Pontinha e Beirada. O Sambaqui da Beirada, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, encontra-se em excelentes condições de visitação, tanto para pesquisa científica, quanto para turismo. É um museu a céu aberto. Está devidamente cercado e preservado sendo hoje centro de visitação de estudiosos e escolares uma vez que lá estão preservados e expostos ao público, nos locais onde foram encontrados, três esqueletos de habitantes pré-históricos. O mais antigo dos três esqueletos foi datado, pelo método do carbono 14 adotado universalmente, em 4.520 anos antes do presente (AP).

O Sambaqui de Manitiba, no loteamento Manitiba-Manitiba, é o maior de Saquarema e encontra-se em fase de pesquisa, estando preservado e protegido por lei.

O Sambaqui da Pontinha, no loteamento Jardim Barra Nova, no bairro de Barra Nova, está datado de aproximadamente 2.270 anos antes do presente (AP). A poucos metros do Sambaqui da Beirada, constitui-se em importante sítio arqueológico, pois seus habitantes eram hábeis artesãos na arte de lascar a pedra e tinham hábitos funerários peculiares, presentes em toda a seqüência arqueológica de cremação dos corpos.

O Sambaqui de Jaconé, ainda não pesquisado, ocupa uma área de aproximadamente 10.125m² no loteamento Manitiba-Jaconé. Está sendo proposta a criação de Parque Eco-Arqueológico de Jaconé.
As unidades de conservação arqueológica supracitadas encontram-se em área de restinga aberta e mata, sendo inúmeras as espécies nativas da região já identificadas, tal como pode ser constatado no Sambaqui da Beirada. Entre as espécies de plantas mais conhecidas pela população local cita-se: pitanga, maracujá, ingá, Cambuí, caldeiro, ubatã, quixabeira, aroeira, paineira, murta, taboa, abaneiro, copororoca, ipequeá, salsaparrilha, entre outras. Segundo o botânico D.S. Araújo, da UFRJ, existem mais de 1.000 espécies de plantas de restinga conhecidas até o presente momento, entre as quais várias espécies endêmicas ameaçadas de extinção.

A PALAVRA SAMBAQUI É DE ORIGEM INDÍGENA E SIGNIFICA TAMBÁ (concha) + KI (depósito)
Encontrados em quase toda a costa brasileira, os sambaquis apresentam-se sob a forma de pequenas elevações formadas sobretudo de restos de alimentos de origem animal (carapaças de moluscos, fragmentos de ossos de répteis, aves, peixes e mamíferos), esqueletos humanos, artefatos de pedra, concha e cerâmica, vestígio de fogueira e outras numerosas evidências da presença do homem primitivo na área litorânea da restinga.

Os principais trabalhos de pesquisa sobre os sambaquis de SAQUAREMA foram realizados pela professora LINA KNAIPP, pesquisadora do Museu Histórico Nacional e Associada da ADEJA ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DE JACAREPIÁ. Alguns desses trabalhos estão à disposição para consultas, no acervo da ADEJA , juntamente com pesquisas sobre os indígenas que habitavam a mesma região.

Os SAMBAQUIS possuem forma e tamanhos variáveis: alguns têm até 400 m de extensão e, excepcionalmente, alcançam 30 m de altura. Localizam-se também nas margens dos rios e lagoas do interior, mas são encontrados, sobretudo, no litoral. Os SAMBAQUIS recebem denominações diversas: concheiros, casqueiros, berbigueiros, ostreiras e sernambis.

ENDEREÇO (MUSEU DO SAMBAQUI DA BEIRADA): Rua do Sambaqui - Barra Nova

DISTÂNCIA: 10Km

HORÁRIO DE VISITAÇÃO:

Quarta, Quinta e Sexta - das 13:00h às 16:00h
Sáb e Dom - das 9:00h às 16:00h

TELEFONE: (22) 2651-9413

COMO CHEGAR:

ÔNIBUS: Pegar ônibus da viação Rio Lagos sentido Jaconé e saltar próximo ao CIEP Barra Nova.

CARRO: Seguir pela Av. Ministro Salgado Filho e aproximadamente 300m do número 5.000 ou 6.000 dobrar à direita.